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Economia e Finanças

31 de Março de 2015 as 06:03:37



DÓLAR alto pode dar fôlego à economia


Dólar alto pode dar fôlego à economia
 
O dólar valorizado pressiona os preços no mercado interno, aumentando a inflação, e é ruim para quem vai viajar. Mas, em um ano em que é prevista retração do PIB, o fortalecimento da moeda norte-americana pode dar algum fôlego às exportações e, por tabela, à própria atividade econômica.
 
O dólar tem fechado acima dos R$ 3, e a previsão dos investidores ouvidos no boletim Focus, do Banco Central (BC), é de que a moeda encerre 2015 cotada em torno de R$ 3,15.
 
A consequência disso, segundo o presidente da AEB Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro, será as empresas focarem nas exportações.
 
“Com o ajuste fiscal, forte retração no mercado interno, vai ter que buscar o externo”,
 
avalia Castro, prevendo aumento das vendas principalmente para os Estados Unidos.
 
“As importações de todos os países da América da Sul [que compram do Brasil] estão caindo, pois suas exportações de commodities [produtos básicos com cotação internacional] estão recuando, em função da queda de preços”,
 
explica. Pelas projeções feitas por ele, as vendas para os EUA crescerão de 15% a 20%.
 
Castro destaca que o mercado norte-americano é o mais promissor, no momento. Na Europa, a recuperação econômica é lenta. A China deve ter desaceleração do crescimento.
 
“O único mercado consistente hoje são os Estados Unidos. Estão tendo recuperação da crise, e o Brasil está redescobrindo o mercado. Para a América do Sul, as exportações vão continuar caindo, qualquer que seja a taxa de câmbio. Para a Venezuela, houve queda de 47% nos dois primeiros meses do ano”,
 
diz.
 
A própria equipe econômica do governo adota o discurso de que as vendas externas, com destaque para os Estados Unidos, são a alternativa diante da perspectiva de uma atividade interna fraca em 2015.
 
Ao assumir o cargo, em janeiro, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, prometeu reaproximação comercial com os EUA e disse que o dólar mais alto estimularia as exportações. O ministro foi aos Estados Unidos em visita oficial, em fevereiro. Os dois países têm dialogado e já assinaram acordos com o compromisso de estreitar as relações comerciais bilaterais.
 
Na mesma linha, na última semana, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado que o setor externo deve contribuir para a economia em 2015, já que o dólar em alta favorece as exportações. Ele previu que a balança comercial fechará superavitária este ano, apesar da queda nos preços das commodities. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado na última 5ª feira, 26.03, a autoridade monetária projeta fechamento positivo em US$ 4 bilhões para a balança.
 
O dólar alto deixa os produtos brasileiros com preços mais atraentes no exterior. Na teoria, se forem fechados mais negócios de exportação, a indústria nacional vai produzir e empregar mais. Mas o movimento pode ser uma faca de dois gumes, já que muitos insumos usados pelas empresas são importados, e estão mais caros com a alta da moeda norte-americana.
 
Tiago Henrique Kuhn é gerente de exportações da Pak, empresa que cuida das operações de comércio exterior da fábrica paranaense de biscoitos Nutrisul S.A. Ele explica que o custo de produção dos biscoitos aumentou, porque a farinha de trigo, matéria-prima do produto, é importada. Os preços dos biscoitos tiveram de ser ajustados no mercado interno, mas, no exterior, o dólar em alta tem ajudado a pelo menos segurar os valores atuais.
 
“No patamar que está, a gente consegue manter as condições que tinha e, em um ou outro caso, até negociar”,
 
destaca. Segundo ele, a ordem é investir nas exportações. O gerente conta que, no início do ano, a empresa participou de uma feira de alimentos em Dubai, com o objetivo de ampliar o leque de compradores para os biscoitos no exterior.
 
“Com a participação, já estamos em negociação com pelo menos mais três mercados: Arábia Saudita, Moçambique e Mauritânia”,
 
informa.


Fonte: Agência Brasil





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